sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Moradia Assistida - Último Encontro em 2012

Prezados Amigos:

O ano de 2012 está quase terminando.

Vamos realizar o último Encontro do ano, na quinta-feira, dia 29/11/2012!,  17:30 h.


No "Instituto Casa do Sol", R. Gabrielle D´Annunzio, 197, esquina R. Princesa Isabel.

O conceito de "MORADIA ASSISTIDA" começou a fazer parte das agendas públicas, federal e municipal, e são inúmeras as iniciativas privadas que vêm surgindo e/ou adequando-se às demandas das pessoas que necessitam cuidados especiais.

Nossa participação divulga os projetos que já estão em andamento, acreditando no seu avanço e crescimento; no suporte a iniciativas que se inspiram em uma visão do Ser Humano com suas disfunções, incapacidades e limitações.

Contaremos com a participação da colega e amiga Paula Cardoso Mourão, Gestora (Manager) da Federação de Educação Terapêutica e Terapia Social com o tema:

    "Moradia Assistida para Pessoas com Deficiência na Europa"

      -Como são ?
      -Quais modelos existem atualmente ? 


         Relato sobre diversas experiências e modelos  
                      com apresentação de fotos e "folders".         

         Espaço para troca de ideias e perguntas.
 

Aguardamos a presença de todos que apoiam a divulgação de informações atualizadas, reflexões sobre realidades conhecidas e colaboram com novas iniciativas de Moradia Assistida.

Sugerimos convidar pessoas interessadas que possam contribuir com suas ideias e opiniões. Sintam-se à vontade para repassar esta mensagem.

Confirmar presença com Fernando (011) 97288 4858.

Data: quinta-feira, 29 de Novembro de 2012, às17:30.
Local: Instituto Casa do Sol, R. Gabrielle D´Annunzio, 197, esquina R. Princesa Isabel.

Trazer salgados e/ou doces para nossa confratenização e um suco não alcoólico.

cordialmente,

Eliane, Rosa, Jack e Fernando.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012



De: Gilberto Frachetta <gilbertof.br@gmail.com>
Data: 15 de setembro de 2011 12:58
Assunto: Disque 100 - 3

Anote este telefone. Se precisar (espero não precisar) use-o. Abraços Gilberto

    FCD BRASIL - INTER SUL
    Chapecó/SC, 07/02/2011.

   Caros/as,
    DISQUE 100, está funcionando em Brasília e para todo o Brasil.
    Com qualquer tipo de telefone as pessoas poderão denunciar qualquer irregularidade contra a pessoa com deficiência.

    A denúncia feita pelo telefone, será cadastrada e encaminhada para o órgão responsável no Estado de onde foi gerada a denúncia
    Disca-se 100 – 3, opção da pessoa com deficiência.
    Qualquer situação que envolva violação de direitos da pessoa com deficiência pode
    ser denunciada.

    Liga e denuncia a falta de acessibilidade para as pessoas com deficiência, em logradouros, edificações públicas, de uso público, transportes, comunicação, etc.   

    Domingos J. Montagna
    Coordenador Adjunto
    FCD BRASIL - INTER SUL
    Conselheiro - CONADE

terça-feira, 5 de junho de 2012

Relato do Encontro em 14/05/2012, Lembrete 11/06


Primeiramente gostaria de dizer que achei muito boa a nossa última  reunião.

 Depois, elencar alguns tópicos da nossa conversa, embora não dê para
 desenvolvê-los porque foram citados a título de informação.

 1) Foram comentados aspectos de várias moradias que já funcionam e que  foram visitadas por alguns dos presentes.

Uma delas, que chamou nossa atenção é a moradia do CDHU, em que pessoas com deficiência, com certa autonomia, residem em apartamentos cedidos com esta finalidade.

A comunidade local auxilia. É uma experiência nova.

 2) Outras das moradias citadas, (sem intuito de avaliar, mas pensar os  formatos destas moradias), foram Apabex/Vinhedo, Ciam, Aldeias da Esperança, Projeto AURA/Barcelona, os Kibutzim em Israel e o Angaiá Camphill do Brasil, fundado em Campos do Jordão SP.

É de notar a origem dos impulsos que levam à formação de moradias:

Iniciativas de Pais e Amigos;
de Pais em parceria com Técnicos e Pedagogos;
de profissionais com experiências anteriores e outras.

Finalmente outras iniciativas ligadas a parcerias nacionais e internacionais, que visam obter  incentivos e recursos materiais e de treinamento, em questões de lazer, esporte e moradias pròpriamente ditas.

 3) Foi destacada a importância de se pensar a moradia, levando-se sempre em conta, o que o espaço pode oferecer e o que as famílias podem criar.

Rosa Antunes
Fernando Ferreira

 

Próximo encontro: Segunda-feira 11.06.2012 - 17h30.
Instituto Casa do Sol, 
R. Gabriele D´Annunzio, 197.  (esquina com R. Princesa Isabel)
 
Convidar pessoas que se interessem e que possam contribuir com sugestões, 
ideias e opiniões. (Sinta-se livre para repassar esta mensagem)
 
Trazer salgados e/ou doces para nossa confratenização e um suco não alcoólico.
Confirmar presença com Fernando (011) 7288 4858. 

terça-feira, 8 de maio de 2012

Relato do Encontro em 16/04/2012

 O grupo mostrou-se (felizmente) bastante diversificado, formado por representantes de ONG's, familiares, profissionais e afins, o que possibilitou a abertura de espaço para vários temas e abordagens, que podem ser utilizadas como reflexões nos próximos encontros, organizando-se o tempo, afim de serem mais aprofundados.

1- na fala do Fernando e da Ana Lúcia, foram descritas as intensas experiências em
Comunidades do Camphill Movement há alguns anos atrás e as mudanças para os dias atuais no que se refere ao envolvimento dos colaboradores e das questões trabalhistas;
2- foi colocado que a terminologia utilizada para as questões de Moradia, hoje é
"residência inclusiva";
3- foi esclarecido que nas colocações feitas, deve haver o foco nas diferentes culturas
que envolvem o tema de moradia, sem outros tipos de julgamento;
4- alguns dos presentes, já estão iniciando uma Moradia, um movimento para
proporcionar esta prestação de serviços;
5- fala comum, de todos os presentes, é a questão da demanda deste serviço, como parte da principal preocupação dos pais, que se perguntam o que será de seu filho(a) quando vierem a falecer;
6- alguns dos presentes, destacaram seu envolvimento com a discussão deste tema para gerar políticas públicas e efetivar os direitos da pessoa com deficiência; esta questão é abrangente e diz respeito também ao apoio às famílias e às questões de gênero, visto que são geralmente as mulheres que assumem os cuidados dos que necessitam cuidados especiais;
7- destacou-se que a atual definição para pessoa com deficiência, para fins de Direito,  é aquela aprovada na Convenção da ONU (2006) e que consta na Constituicão Federal do Brasil;
8- uma das grandes preocupações dos presentes, é a questão do envelhecimento
precoce dos que necessitam cuidados especiais, que leva a adaptações das equipes de cuidadores e dos espaços;
9-na apresentacão da Eliane, Coordenadora da Ápice, foi descrita a forma de organização deste espaço de moradia, destacando-se as questões de manutenção da equipe, da administração geral, das atividades e questões de relacionamento entre essas pessoas. Foi destacada a importância das parcerias com a comunidade em geral, como forma de ampliar oportunidades;
10-uma das
reflexões propostas e que também representa uma preocupação do grupo quando tratamos deste tema, é que as moradias não sejam (ou se tornem) espaços de reclusão ou de segregação, por adquirirem um caráter de muita proteção;
11- Lucinha, Coordenadora da Carpe Diem vai trazer
, no próximo encontro, exemplares do Manual de Acessibilidade elaborado pelos alunos e também contar sua experiência ao visitar os Kibbutzim em Israel.

Próximo encontro: Segunda-feira 14.05.2012 - 17h30.
Instituto Casa do Sol, 
R. Gabriele D´Annunzio, 197.  (esquina com R. Princesa Isabel)
 

Convidar pessoas que se interessem e que possam contribuir com sugestões, 
ideias e opiniões. (Sinta-se livre para repassar esta mensagem)
 
Trazer salgados e/ou doces para nossa confratenização e um suco não alcoólico.
Confirmar presença com Fernando (011) 7288 4858. 

sábado, 14 de abril de 2012

Correspondencia de 2011.


Querid(a)os companheir(a)os do Moradia Assistida!

Por ocasião de mais um Encontro do nosso Grupo, gostariamos de relembrar uma mensagem de Novembro de 2011, que hoje ganha especial significado:


Mensagem (Nov. 2011)

"Revisando os acontecimentos, desde Agosto de 2010, quando iniciamos os Encontros do Grupo "Iniciativa para Moradia Assistida", encontramos premissas que apontam para o futuro desta nossa Iniciativa.

A primeiríssima motivação da criação do Grupo M. Assistida foi a pergunta, recorrente, de Pais e parentes dos nossos assistidos, que teria a seguinte formulação:

 - "Quem irá cuidar do meu filho(a) quando eu não estiver mais presente? Algum parente, os irmãos, o governo?"

Há quase um século esta preocupação foi colocada em palavras e foi o motivo da criação de Iniciativas que culminaram na criação de Moradias Assistidas em todo o mundo.


Uma segunda motivação, lá em 2010, veio do interesse e busca de parte dos Cuidadores e Terapeutas pela existência de um Grupo de Estudos ou Grupo de Trabalho, que viesse a se constituir numa Entidade para aqueles que necessitam de cuidados especiais; eventualmente na forma de uma Comunidade, em residencia apropriada.


Mais de um ano se passou (em Agosto 2012 completaremos dois anos) e atingimos um patamar de onde poderemos reorientar nossos esforços e trazer à luz o que deseja se realizar em nosso meio."

cordialmente
Fernando Ferreira.


" Não importa a perfeição com a qual podemos realizar aquilo que deve provir da vontade, mas sim que seja uma vez realizado o que deve surgir aqui na vida, mesmo se ainda surja imperfeito, de modo que um começo seja realizado! "

Rudolf Steiner

terça-feira, 10 de abril de 2012

Próximo Encontro do Grupo "Iniciativa de Moradia Assistida" 
16 de Abril de 2012, 2a. feira, 18h.


Estaremos trabalhando as novas realizações para o ano de 2012, e a divulgação de experiências positivas e duradouras.

Receberemos nossa colega Ana Lúcia Franzeri, pedagoga formada pela PUC, com Pós Graduação em Distúrbios de Aprendizagem e atuante na Escola Manacá.
Ana Lúcia vai relatar brevemente suas vivências na "Fondation Perceval" de Saint Prex, uma comunidade do "Camphill Movement" na Suiça, onde esteve durante dez anos.

Eliane Fazion fará o relato sobre um passeio com os jovens da "Apice" e as possibilidades de parcerias que as nossas instituições podem formar no entorno de suas sedes ou com parceiros de outras localidades.

Local: Instituto Casa do Sol, Rua Gabrielle D´Annunzio, 197, 
         Esquina com Rua Princesa Isabel.  Horário 18:00 h.

Convidar pessoas que se interessem e que possam contribuir com suas ideias e opiniões; sinta-se livre para repassar esta mensagem.
Trazer salgados e/ou doces para nossa confratenização e um suco não alcoólico.
Confirmar presença com Fernando (011) 7288 4858.

Eliane, Rosa, Jack e Fernando.

quinta-feira, 8 de março de 2012

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Carta a uma mãe.

Querida Dna. Mafalda.
Quando nos conhecemos, há cerca de quinze anos atrás, confesso-lhe que eu era muito ignorante sobre as questões das pessoas com deficiência.
Naquela época, durante o governo do prefeito Celso Daniel, em que juntos construíamos o primeiro conselho municipal de pessoas com deficiência da Região do ABC, e certamente um dos primeiros do Brasil, eu já tinha uma militância antiga e a senhora também. Eu, coordenando o processo, representava o governo, a senhora, sempre muito aguerrida, representava a sociedade civil.
Eu, no entanto, via, ainda, a questão das pessoas com deficiência de uma maneira muito limitada. O que me preocupava, sobretudo, era a acessibilidade arquitetônica. Julgava que havendo rampas, elevadores, transporte adaptado e outras coisas do tipo, tudo estaria resolvido para as pessoas com deficiência. Meu Deus! Como meu modo de ver era pobre. Pensando que sabia muito, descobri que sabia muito pouco.
Graças à senhora e a muitas outras mães de pessoas com deficiência, sobretudo mães de pessoas com deficiências severas e deficiências intelectuais, aprendi muito. Tornei-me um pouco menos ignorante.
Por ser uma pessoa com deficiência, já passei por inúmeras situações de preconceito e de constrangimento. Sempre encarei esses momentos com altivez e, creio, com sabedoria, nunca me deixo abater, ao contrário, fortaleço-me a cada obstáculo.
O preconceito e o constrangimento se materializam de muitas formas: a falta de uma rampa, o fato de não poder entrar em algum lugar onde preciso ou quero ir, a falta de um banheiro acessível, e pior: um olhar de pena ou de dó, uma palavra que se refira ao sofrimento da deficiência, quando na verdade o sofrimento é o da exclusão.
Sei muito bem que essas situações são também vividas por muitas outras pessoas com deficiência, são também assim para muitas famílias e muitas mães de pessoas com deficiência. E certamente o preconceito e o constrangimento maior pelos quais passamos é o que eu chamo de menosprezo social, é como se nós fossemos menos, como se valêssemos menos. E quanto mais acentuada é a deficiência menos valorizados somos, quanto mais acentuada é a deficiência maior é o menosprezo e maior é a carga que, sozinhas, as famílias e as pessoas com deficiência têm que carregar.
Uma coisa muito forte, que a senhora falou um dia, sobre sua filha, marcou-me muito e sempre me mobilizou. A senhora disse: “Quando eu morrer a Luzia terá que morrer também, pois não haverá ninguém para cuidar dela.”
A senhora não sabe, mas agora não uso mais muletas, há uns quatro anos adotei definitivamente a cadeira de rodas, uso na maior parte do tempo uma cadeira motorizada e estou muito feliz com isso. Moro no Centro de São Paulo e vou a muitos lugares de Metrô e ônibus. Tenho duas filhas, casei-me com uma mulher linda, Roberta, que é mãe da Leona, a mais nova, de apenas dois meses. Levo minha vida, quase que normalmente.
Mas, conheço muitas mães como a senhora, que lutaram a vida toda por uma vida digna para seus filhos e filhas com deficiências severas e que encontram sempre e sempre obstáculos, sempre e sempre portas fechadas, sempre e sempre incompreensão e nada se resolve, e nada mais podem esperar a não ser que seus filhos acabem em algum asilo ou abrigo quando faltarem seus cuidados.
Há alguns anos atrás, juntamente com uma amiga que tem uma deficiência física severa e que estuda toda essa situação que leva muitas pessoas com deficiência a viverem em abrigos, produzi um vídeo sobre o tema[1], que lhe envio uma cópia agora. Para realizá-lo, graças a um financiamento da Secretaria de Direitos Humanos do Governo Federal, conheci várias instituições e outras experiências de moradias para pessoas com deficiências severas e para pessoas com sofrimento psíquico: moradias assistidas, casas-dia, residências terapêuticas. Também estive em grandes e assustadoras instituições, onde centenas de pessoas com deficiência passam toda a sua vida.
Instituições com duzentas, trezentas, quinhentas pessoas com deficiência internadas, sem futuro, sem passado, sem presente, abandonadas a uma rotina massacrante. Conheci uma instituição que possui até um cemitério próprio, ou seja, as pessoas não saem de lá nem mortas.
Vi muitas famílias, mães, que mesmo amando seus entes queridos são obrigadas a interná-los porque não têm como cuidar deles, mães sozinhas que precisam trabalhar. Famílias muito pobres que moram em habitações que não oferecem condições mínimas para o cuidado de uma pessoa com deficiência severa. Mas, vi também trabalhos, chamados “de volta para casa”, em que famílias, recebendo o apoio que precisam, voltam a acolher seus parentes que estavam internados.
Vi também residências dignas, com todo o apoio necessário para um número pequeno, de quatro a dez pessoas, como as que foram criadas pela APAE de Bauru, a APAE de Belo Horizonte. A Casa de David, com quase quatrocentos moradores, doze moram em residências fora da instituição. É pouco, mas é uma iniciativa interessante. Também conheci uma experiência muito boa realizada pela prefeitura do Rio de Janeiro, entre outras.
A partir daí começamos a trabalhar para que essas e outras experiências, tais como os programas de apoio às famílias, as casas-dia e as residências inclusivas, se tornem cada vez mais uma realidade em nosso dia a dia. Criamos, em 2004, o Fórum de Residências Inclusivas que, durante vários anos, realizou dezenas de reuniões com especialistas, familiares e gestores públicos. Escrevemos diversos documentos, realizamos um seminário e conseguimos incidir em programas de governos. A senhora deve ter visto o lançamento, pela presidenta Dilma, do Programa Viver sem Limite. Pois é, nesse Programa, conseguimos fazer constar a implementação de 200 Residências Inclusivas em várias regiões do Brasil.
Estamos agora acompanhando e pressionando para que essa política saia do papel e que seja de boa qualidade. Precisamos de muitas pessoas como a senhora para nos ajudar nisso.
A senhora deve conhecer a Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência[i]. No seu artigo 19, do qual também envio uma cópia, a Convenção fala justamente sobre isso: o direito à vida em comunidade, com dignidade, das pessoas com deficiência, remetendo ao fim das instituições asilares e a uma nova maneira de se pensar a vida, a atenção e o cuidado para as pessoas com deficiências severas.
A Convenção da ONU foi incorporada à Constituição do Brasil, agora, pelo menos, estamos muito bem amparados pela legislação, mas, sem pessoas como a senhora a lei não acontece.
Um grão de areia no deserto, uma gota de água no oceano podem não fazer diferença, mas uma pessoa em meio a bilhões de seres humanos faz diferença. A senhora faz diferença!

Tuca Munhoz
Fevereiro de 2012 


[1] Esse vídeo também pode ser assistido no site do MID www.mid.org.br



[i] O texto completo da Convenção também está no site do MID.